As empresas e indústrias da área da Construção têm um novo desafio em Limeira, diante do uso da água. A estiagem e a elevação da tarifa no município levaram o Sindicato Patronal das Indústrias da Construção de Limeira (SINCAF) a orientar seus associados a respeito do uso da água em obras e na linha de produção.

“O tema apresenta muitos pontos importantes. Há a questão da sustentabilidade, já que estamos tendo menos chuvas nos últimos anos. Ao mesmo tempo, pesa a questão financeira, já que a água representa um importante insumo no trabalho de nossas associadas”, conta Renato Hachich Maluf, presidente do SINCAF.

Na região de Limeira, o reajuste da tarifa ficará em 6,24%. Outros números reforçam a questão do monitoramento. Na média mundial, a atividade da construção usa 21% da água tratada. Um metro cúbico de concreto consome perto de 160 litros de água.

“O acompanhamento envolve até mesmo as atividades de gestão, como os escritórios das empresas”, reforça Renato. O SINCAF usou seu site e redes sociais na ação. O sindicato patronal atende oito segmentos da Construção – da estrutura ao acabamento de uma obra – e avalia que os profissionais do setor podem ampliar a conscientização, levando as informações aos seus clientes.

Uma das dicas é evitar o uso da mangueira nas obras, substituindo por baldes. Por sua praticidade, a mangueira gera um comportamento que, muitas vezes, impulsiona o desperdício.

Já as mangueiras em condições precárias e o uso frequente de fontes alternativas, como caminhão-pipa e poços, podem mascarar o consumo. Acompanhar os números do relógio auxiliam na constatação de eventuais vazamentos.

Captação, reuso e redutores de vazão

A lista de boas práticas inclui coletores, canos e filtros empregados na captação de água da chuva. No reuso, a elaboração de um projeto inclui um sistema de captação e tratamento da água que vem de lavatórios, chuveiros e máquinas de lavar roupa.

Os materiais utilizados no imóvel também contribuem na ação. O SINCAF recomenda a adoção, na execução de obras, de torneiras com redutores de vazão. O mesmo vale para chuveiros, bacias e mictórios.

Estudos mostram que a medida é eficaz até mesmo no comportamento das pessoas. Segundo o sindicato, quem desperta para o uso racional na empresa, por exemplo, repete a prática em casa, no clube e na escola, entre outros locais.